Segundo um estudo recente do Eurostat, Portugal é dos países europeus onde as famílias têm mais dificuldade em manter a casa quente.

No nosso país 22,5% das famílias não conseguem aquecer as suas casas e isto tem que ver não só porque a energia para aquecimento é muito cara, mas também porque o parque edificado é de muito má qualidade. Note-se que a média europeia (EU28) é de 8,7%…e Portugal é um país ameno, de clima agradável pelo que não seria de esperar que houvesse uma tão grande pobreza energética. A verdade é que apenas os edifícios construídos depois de 2006 tiveram em conta o desempenho energético e a partir dessa data foi implementado o sistema de certificação energética. O certificado energético é um documento que permite uma avaliação do desempenho energético do edifício, contudo é um documento às vezes difícil de interpretar (apesar das melhorias que tem vindo a sofrer desde 2006). No final os utilizadores é que validam esse desempenho, quer ao nível do conforto e saúde, quer ao nível da factura energética.

A entidade que faz a gestão do sistema nacional de certificação energética dos edifícios é a ADENE. Segundo esta agência para a energia quase 1,5 milhões de imóveis em Portugal já têm classificação energética, mas esta classificação pode variar de A+ a F. Assim, um edifício A+ tem um excelente desempenho energético e um F um péssimo desempenho.

Apesar desta ferramenta muitas vezes os utilizadores perguntam-se:

Será que a minha casa tem o isolamento térmico suficiente?

Mas afinal como sabemos de forma muito prática se a nossa casa está bem isolada?

Como devemos agir, caso não esteja? E como medir as melhorias quer na factura energética, quer no conforto?

6 Dicas para avaliar se a sua casa tem o isolamento térmico adequado

  1. Coloca a mão na face interior da parede exterior e está gelada? Significa que não há, ou há muito pouco isolamento térmico e que o frio passa facilmente para a face interior da parede e como tal para o ar ambiente.
  2. Parece aquecer muito a casa e nunca está confortável? Provavelmente a sua casa não está isolada e quase de certeza as suas janelas são de baixa qualidade. O sistema de vidros duplos, a caixilharia com corte térmico, o tipo de vidro e sombreamento influenciam a qualidade da janela e por isso o desempenho térmico do edifício. Mas as janelas são apenas uma das componentes… o isolamento térmico em toda a envolvente é determinante para um edifício eficiente, mas acima de tudo confortável e saúdavel.
  3. Se a sua casa for uma moradia ou um apartamento no último piso a necessidade de isolamento será maior já que deverá dar particular atenção à cobertura. A cobertura pode ser responsável até 30% das perdas térmicas de uma casa e deve ser bem isolada com espessuras de isolamento térmico na ordem dos 80mm (no mínimo). Se a sua casa for um apartamento esta questão, em princípio não se coloca, já que os apartamentos contíguos também aquecerão e portanto as temperaturas serão semelhantes, não havendo por isso trocas térmicas tão significativas. A necessidade de isolamento térmico nas paredes exteriores, depende muito da localização do edifício e da forma como se constrói, contudo valores de cerca de 50mm deverão ser o mínimo.
  4. Existem zonas junto aos cantos das paredes ou junto às janelas onde se desenvolvem humidades e bolores? Esses locais são muito críticos pois são zonas de interrupção das paredes e zonas de pontes térmicas. Estas zonas se não forem bem isoladas vão desenvolver patologias como humidade e bolores muito prejudiciais à saúde.
  5. A sua factura energética de inverno é muitíssimo maior que de verão? A resposta a esta pergunta pode significar que os seus custos de aquecimento são demasiado elevados e isso deve-se ao facto de haver grandes perdas térmicas devido ao fraco isolamento térmico da envolvente e fracas janelas.
  6. A sua casa tem um certificado energético? Qual a classe energética? Leia o certificado energético com atenção. Entre outras informações lá estão identificadas as medidas de melhoria que pode implementar para ter uma casa mais confortável e eficiente. A classe energética que está no certificado energético é importante, mas não pode ser vista de forma isolada pois entra em linha de conta com outros factores como a presença ou não de fontes de produção de energia renovável ou a eficiência dos equipamentos de águas quentes (WC, cozinha, etc) que não têm que ver directamente com o desempenho térmico do edifício, mas sim com o desempenho energético.

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Guia Rápido
Problemas no tecto da sua casa? 4 passos para o REABILITAR.

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