Os engenheiros duvidam sempre das palavras …”permanentes”, “as melhores”, “as perfeitas”… Essa dúvida é razoável, pois sabemos que todos materiais têm boas e, em certas circunstâncias, más características ou mau comportamento. Os engenheiros também costumam dizer…”Não há materiais perfeitos”… e têm razão. Além disso, sabemos que na construção, um único material raramente é utilizado sozinho. Um material é geralmente integrado num conjunto de outros componentes, e o comportamento desse conjunto é influenciado por todos os materiais. Assim, a longo prazo, apenas conjuntos ou sistemas testados e verificados podem garantir qualidade e reflectir inúmeras vantagens.
Especialmente em coberturas planas, a escolha da solução apropriada afecta muito a durabilidade da cobertura. No passado um bom número de coberturas planas tiveram problemas graves de infiltrações e desde então ficaram conotadas como “coberturas problemáticas”. Provavelmente conhece aquela piada – Existem apenas aquelas coberturas planas que já estão a vazar e aquelas que vão vazar muito em breve.
Mas porque vazam estas coberturas? Deve haver uma razão, uma causa?
Uma solução inadequada de cobertura plana, em que a impermeabilização é directamente exposta a factores externos, pode resultar rapidamente em condições desfavoráveis para a impermeabilização. Nestes casos a impermeabilização é submetida a condições climáticas e/ou a danos que ocorrem durante a construção ou durante o uso do edifício, que podem comprometer a sua funcionalidade. Uma pequena junta aberta, um entalhe na impermeabilização mal selado, um pequeno orifício feito por algum objecto cortante, uma pedra na sola do sapato de uma pessoa que circula na cobertura são suficientes para a água não só penetrar, mas também se infiltrar nas camadas da estrutura, privando-as da sua funcionalidade básica. Dentro do edifício, isso é sentido em termos de mau isolamento térmico com custos mais altos de aquecimento e arrefecimento, ou em manchas de água nos tectos.
Devido à má experiência do passado, com infiltrações em coberturas planas, tentou-se “sombrear” a impermeabilização exposta com seixos/godo, a fim de reduzir os efeitos dos raios UV e retardar o envelhecimento e a deterioração do material impermeabilizante. No entanto, não foi óbvio o aumento da durabilidade da cobertura. Devido aos ciclos de temperatura, as coberturas ficavam ainda mais expostas ao rápido envelhecimento, e as zonas verticais não escapavam ao impacto devastador dos raios ultravioleta. Além disso, qualquer acesso à cobertura levaria a “pisar” os seixos e a impermeabilização amolecida e quebradiça acabava por fissurar…conclusão: a cobertura precisava ser consertada muito antes do esperado.
as coberturas apenas são estanques até o empreiteiro sair da obra
esta frase é, supostamente, apenas um provérbio, mas a realidade geralmente prova isso. Ao contrário da construção de novas coberturas, as renovações são geralmente realizadas sem grande alarido, a menos que o edifício seja conhecido e a imprensa tenha conhecimento dos erros do empreiteiro… A verdade é que no final, os custos de reabilitação acabam por ser superiores aos gastos da construção correcta de uma cobertura plana, já para não mencionar o desperdício de tempo e os nervos do dono de obra.
Verdade seja dita – muitos problemas imediatos são geralmente causados pelos empreiteiros responsáveis pela cobertura ou seus subcontratados. Podemos, no entanto, evitar tais problemas projectando e implementando um sistema de cobertura seguro, eficiente e comprovado.
O objectivo de todo investidor, projectista, empreiteiro e, por último, mas não menos importante, do fiscal da obra é uma cobertura plana durável – e o sistema de cobertura invertida fornece todas as garantias necessárias.
Ao longo dos anos, o sistema de cobertura invertida evoluiu para se tornar um excelente escudo energético, para além de poder acrescentar área útil ao edifício e oferecer benefícios excepcionais a longo prazo, também para o investidor.